Em nota divulgada na manhã deste sábado (2), a Polícia Civil informou que o empresário e ex-diretor do Atlético Clube Goianiense, Maurício Sampaio, se apresentou espontaneamente a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH). Sampaio, que é suspeito de ser o mandante da morte do cronista Valério Luiz, em julho do ano passado, teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Lourival Machado, da 2ª Vara Criminal de Goiânia, na noite sexta-feira (1).
Assim que chegou a DIH, acompanhado de um advogado, Maurício Sampaio foi levado para Instituto Médico Legal (IML), onde fez exames e, em seguida, foi encaminhado para o Núcleo de Custódia do Complexo Penitenciário, em Aparecida de Goiânia , exatamente no mesmo local onde ficou preso por 27 dias antes de conseguir um habeas corpus, na quinta-feira (28).
Os outros quatro suspeitos de envolvimento no crime já estavam presos e vão continuar detidos, uma vez que o pedido de prisão preventiva também se estende a eles.
Inquérito
A Polícia Civil indiciou cinco pessoas pela morte de Valério Luiz, entre elas Maurício Sampaio. No inquérito, ainda foram citados Urbano de Carvalho Malta como agenciador. Consta no documento que ele contratou o cabo Ademá Figueiredo para matar o cronista. Marcus Vinícius participou do planejamento do crime e Djalma da Silva foi indiciado por atrapalhar as investigações da polícia, de acordo com o inquérito.
Foram quase oito meses de investigação. O inquérito policial foi entregue ao Poder Judiciário pelos delegados Adriana Ribeiro e Murilo Polati, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, na terça-feira (26). O documento possui mais de 500 páginas e mais um volume com provas técnicas contra os suspeitos.
Consta no inquérito que foram ouvidas 12 testemunhas oculares do crime, entre radialistas, funcionários da rádio onde Valério Luiz trabalhava, funcionários de escritórios e de escolas próximas, além de servidores de órgãos públicos. Elas contaram que o executor agiu sozinho na cena do crime.
Outra constatação apontada no documento é de que Urbano ficou na cena do crime por cerca de 40 minutos. Ele morava de favor em uma casa de Maurício Sampaio, que está localizada em frente à rádio onde Valério Luiz foi assassinado, a Rádio Jornal 820-AM, no Setor Serrinha, na capital. Foi a partir dos depoimentos de amigos e de familiares da vítima que a polícia começou a investigar os dirigentes do Atlético-GO.
Crime
O radialista Valério Luiz, de 49 anos, filho do também comentarista esportivo Manoel de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira, foi assassinado na tarde do dia 5 de julho do ano passado, quando saía da Rádio Jornal 820-AM, no Setor Serrinha, em Goiânia. Segundo as investigações, uma moto se aproximou e disparou vários tiros contra a vítima.
Valério fazia o estilo polêmico em seus comentários. Desde o início das investigações, a principal linha de investigação apura a relação do crime com as críticas que a vítima fazia ao Atlético-GO.
Muitas das críticas foram direcionadas a Sampaio. Por causa delas, em meados de junho a direção do time encaminhou uma carta para a rádio 820 AM e a PUC TV, emissoras onde ele trabalhava, proibindo a entrada das equipes dos dois veículos de comunicação nas dependências do clube rubro-negro.
By: G1
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