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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Declaração de cantor do Jota Quest contra baianos será apurada pelo MP


Após dizer que “baiano não trabalha” durante um show em Salvador, Rogério Flausino, vocalista da banda Jota Quest, terá sua declaração investigada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Na quarta-feira (4), um advogado entrou com uma “notícia-crime”, representação contra a frase de Flausino, que foi recebida pela promotora de Justiça Márcia Virgens e encaminhada ao Grupo de Atuação Especial de Combate à Discriminação (Gedis). O Ministério Público protocolou a representação nesta quinta-feira (5).
Segundo Juno Leite, autor da ação, o mecanismo de “notícia-crime” serve para apresentar à Promotoria um fato considerado como crime, nesse caso o de preconceito relacionado à origem. O advogado não esteve na apresentação da banda mineira em Salvador, mas assistiu a vídeos apresentados por familiares que estiveram no show e se disse indignado com a declaração.
“Causa indignação porque o povo baiano, e nordestino, é trabalhador.
Documento protocolado pelo advogado baiano (Foto: Juno Barbosa Leite / Arquivo Pessoal)

Historicamente, são os operários que colocam o país para andar. A nível de sul e sudeste, quando você fala sobre mão-de-obra, o montante é praticamente daqui do nordeste. Para uns, a declaração pode ter soado como simples piada, brincadeira, mas, a partir do momento em que ele proferiu aquilo, já configurou crime, já consumou, não há o que se falar, não cabe aí o que se retratar”, diz.
De acordo com o advogado, apesar do crime de preconceito prever pena de reclusão de um a três anos e multa, o objetivo não é que o artista mineiro seja detido.
“Não desejo que o Rogério [Flausino] vá preso, seria uma pena de caratér pedagógico, para que as pessoas acordem, abram os olhos e se toquem que esse tipo de ideia está equivocada e atinge a dignidade do baiano. Para quem é baiano e está na luta do dia a dia, isso atinge a dignidade da pessoa. Quando você diz que alguém não trabalha a pessoa a não é digna. O objetivo é combater esse tipo de ideia”, pontua.
Para o advogado, a declaração se agrava por se tratar de uma figura pública, “que, de certa forma, exerce influência nas pessoas”, diz. Após avaliação, o MP pode ou não encaminhar  denúncia à Justiça e o juiz dará ou não parecer farovável à abertura de um processo judicial.
G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do músico, mas não foi atendido até o fechamento desta matéria.
O caso

A banda mineira Jota Quest foi vaiada durante o show que fez no Circuito Banco do Brasil em Salvador, no sábado (31). A reação da plateia aconteceu depois que o vocalista Rogério Flausino disse que os baianos poderiam ficar até tarde na “festa”, porque era sábado à noite. Ele brincou ao comentar que baiano “não trabalha” em qualquer dia da semana, não só domingo.


Depois das vaias, ele se desculpou. Disse que precisava “discutir a relação” e se explicou, dizendo que é mineiro e sempre escuta piadas com queijo. “Eu queria que vocês me perdoassem. Eu amo isso aqui, venho sempre no carnaval. Estou sempre aqui e foi só uma brincadeira”, disse.
by:  G1

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