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quinta-feira, 14 de março de 2013

CBF entra em atrito com Nike por contrato que inclui até sutiã

A Nike e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) entraram em rota de colisão no último mês em relação aos termos do contrato de fornecimento de material esportivo. A confederação reclama da abrangência dos direitos da multinacional que detém o poder até sobre o sutiã da seleção brasileira. A companhia rebate e não abre mão de seus poderes sobre o time nacional, previstos no compromisso assinado.

O conflito se iniciou há cerca de duas ou três semanas. Isso porque o presidente da CBF, José Maria Marin, quer reformular a estratégia de marketing da entidade, contratar um novo executivo para a área e expandir o licenciamento de produtos da seleção. A questão é que a Nike tem os direitos sobre boa parte das licenças desses produtos.

Após a última renovação, o contrato entre as duas partes vai até 2027 e rende em torno de US$ 35 milhões anualmente, o que gerou R$ 59,4 milhões no ano de 2011, último ano com balanço financeiro da confederação disponível.

Para isso, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira cedeu direitos além dos vestuários esportivos para a Nike, segundo apurou o UOL Esporte. Entre as peças para vestir, há roupas de baixo, sutiãs para esportes e cintos registrados pela Nike no INPI (Instituto Nacional de Produtos Industriais) coma a marca "Canarinho", como mostram registros válidos até 2018 encontrados pela reportagem.

Marin tenta Rosenberg

A primeira iniciativa de Marin para reformular o marketing foi procurar o vice-presidente do Corinthians Luiz Paulo Rosenberg. Houve uma sondagem para que assumisse o departamento da entidade. O UOL Esporte apurou que a intenção da entidade é que ele atue como consultor, sem cargo.

Mas Rosenberg até agora não recebeu convite formal e só vai aceitar ajudar a entidade se houver de fato modificações na forma de gestão da confederação. Oficialmente, nem o ex-dirigente corintiano - Rosenberg se afastou da gestão do clube -, nem a confederação falam sobre o possível acordo entre os dois.

Fato é que, após a sondagem de Rosenberg, a CBF começou a forçar a expansão do licenciamento, exatamente como o dirigente fez no Corinthians com a Nike. A diferença é que, para poder driblar termos dos contratos corintianos, o dirigente negociou para obter concessões da multinacional. Sem consulta de Rosenberg, Marin tem tentado forçar a barra.

A CBF chegou a autorizar uma empresa a fazer o licenciamento de determinado produto. Mas, quando a contratada foi contatar a Nike, descobriu que era a companhia que detinha direitos sobre aquela mercadoria e barrou o negócio.

Isso gerou uma troca de informação entre as partes, em que a confederação e a multinacional jogaram duro, nas palavras de uma fonte envolvida com a negociação. A princípio, não houve troca de cartas e documentos entre os dois lados, o que configuraria um atrito mais grave.

Oficialmente, a CBF não nega a intenção de expandir o licenciamento de produtos, mas descartou qualquer atrito com a patrocinadora. "Temos uma ótima relação com a Nike e um contrato de longo prazo em vigor", afirmou o presidente da entidade, José Maria Marin. A assessoria da Nike também nega que exista qualquer ameaça ao contrato em vigor e disse ter boa relação com a entidade.

Já existiram conflitos anteriores entre a Nike e a CBF. O técnico Dunga, por exemplo, não gostava da presença de fotógrafos da multinacional no seu vestiário. Mas, desta vez, o atrito é mais complicado por se tratar de possíveis descumprimentos contratuais. Teixeira, como tinha assinado o documento, não os questionava.

Nova imagem da CBF

O embate atual entre a confederação e a multinacional tem como pano de fundo um primeiro sinal de Marin de questionar medidas da gestão de seu antecessor. A tentativa de contratar Rosemberg, por exemplo, esbarra no atual vice de marketing da CBF, José Carlos Salim, homem de confiança de Teixeira. É ele quem cuida dos contratos de patrocínio firmados pelo ex-presidente.

Caso Rosenberg de fato se acerte com a CBF, deverá ser feita uma acomodação entre ele e Salim para que não existam atritos. Além de novos licenciamentos, o novo consultor de marketing atuaria em iniciativas para melhorar a imagem da confederação, que é um desejo de Marin.

Vice-presidente do Corinthians, Luiz Paulo Rosenberg, foi convidado para repetir na CBF estratégias semelhante às adotadas no clube. O dirigente costuma apresentar em palestras sobre marketing esportivo o case do licenciamento de marcas aplicado no Parque São Jorge como um dos legados da gestão Andrés Sanchez, da qual fez parte. Em 2008, após a queda do Corinthians, o clube lançou uma camisa com os dizeres "Eu nunca vou te abandonar", inspirado num dos cantos da torcida. A Nike não participou da campanha e, segundo Rosenberg, o clube lucrou mais de R$ 1 milhão em um ano com a venda das peças. Em dezembro de 2012, ele pediu licença do Corinthians. O UOL Esporte apurou que foi oferecido à Rosenberg um cargo de consultor. Ele não teria remuneração fixa e ganharia uma comissão sobre os negócios captados.

Está aprovado pela cúpula da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) o modelo da camisa proposto pela Nike para vestir a seleção brasileira durante a disputa da Copa do Mundo de 2014. Em evento realizado após a primeira convocação do técnico Luiz Felipe Scolari em seu retorno à seleção brasileira, a comissão técnica e a diretoria da CBF conheceram as novas camisas do Brasil para as temporadas 2013 e 2014. A Nike apresentou a Scolari, ao presidente José Maria Marin e ao coordenador técnico Carlos Alberto Parreira um uniforme já produzido para os amistosos e Copa das Confederações deste ano, enquanto o modelo da camisa de 2014 foi mostrado em imagens e aprovado pela cúpula da entidade.

by: UOL

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