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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A polêmica continua: pesquisadores afirmam que jogar videogame faz bem para crianças

O videogame possui uma reputação similar à do ovo, do café e das bebidas alcoólicas: faz bem, faz mal, só um pouquinho, de vez em quando etc. A atenção da mídia e as pesquisas científicas, porém, se focam geralmente em possíveis impactos negativos dos videogames.
Entretanto, um exemplo claro de apoio aos games como benéficos no crescimento dos jovens está para aparecer. Segundo estudos recentes, até mesmo pessoas que argumentam que os videogames têm um impacto negativo reconhecem que, caso esse efeito realmente exista, ele é relativamente pequeno. Isso porque, agora, há um corpo de pesquisa emergente focando nas possíveis influências positivas dos videogames.
Um grupo de pesquisadores publicou na revista científica Medical Xpress uma ampla revisão de trabalhos de pesquisa e relatos de todo o mundo para explorar o papel dos videogames na vida dos jovens. Interessados na psicologia positiva em relação aos jogos, os autores buscaram investigar o cenário atual da pesquisa científica que liga o videogame à saúde mental. Eles analisaram mais de 200 pesquisas e mapearam as conexões e associações relevantes.
O grupo descobriu que jogar videogame pode influenciar positivamente o estado emocional dos jovens, a vitalidade, o empenho, a competência e autoaceitação. Esse hábito também está associado a uma maior autoestima, ao otimismo, à resiliência e a relacionamentos saudáveis e boas relações sociais.
Por outro lado, jogar videogame em excesso, assim como abusar de tecnologias em geral, claramente não é bom para a saúde mental das pessoas. A pesquisa mostrou que esse mau hábito está associado a efeitos negativos como ansiedade e insônia.
O senso comum, porém, de que jogar videogames nos torna socialmente isolados, agressivos e/ou preguiçosos, não corresponde à realidade. Em vez disso, a pesquisa sugere que, na maioria dos casos, os videogames podem realmente contribuir para três diferentes aspectos do bem-estar dos jovens: social, psicológico e emocional.
Em sua análise, o grupo chegou a três principais conclusões:
- Jogar videogame em níveis moderados está associado a emoções positivas e à melhora no humor, melhor regulação da emoção e da estabilidade emocional e redução de distúrbios emocionais;
- O videogame é um meio saudável de relaxamento e socialização, e ajuda a reduzir o estresse;
- As pessoas que jogam videogame com moderação são significativamente menos propensas a ficar deprimidas e possuem maior autoestima em comparação com aquelas que não jogam ou que jogam em excesso.

Juventude jogadora

Um corpo de pesquisa emergente sugere que a forma como os jovens jogam videogame, bem como com quem eles jogam, pode ser mais importante em termos de bem-estar do que o estilo do jogo: os relatos são de que sentir-se parte de um grupo durante o jogo, e jogar com pessoas que você conhece, melhora têm um peso maior sobre o bem-estar da pessoa do que o gênero do jogo (RPG, aventura, tiro, estratégia etc.).
A pesquisa publicada na Medical Xpress abre caminhos para o uso de videogames na promoção de bem-estar. No entanto, ressaltam os autores, é essencial saber traduzir a pesquisa em orientações práticas sobre jogos e bem-estar antes que seja usada por pais e profissionais da área para melhorar a socialização, a autoestima ou a autoaceitação de uma criança.
“Existem várias maneiras de fazer isso. Uma delas é o ‘sistema de classificação de bem-estar’, que estamos desenvolvendo para os jogos”, explicam. “Em contraste com os sistemas de classificação existentes, que destacam os aspectos negativos dos jogos, como a violência ou a linguagem ofensiva, nosso sistema de classificação identifica as possíveis influências positivas dos jogos, tais como a probabilidade de o jogo em questão promover o trabalho em equipe e as relações interpessoais”.
Além disso, os autores comentam que não seria preciso incentivar o hábito de jogar videogames, já que os jogos em si já têm esse poder e um público fiel – em países desenvolvidos, como a Austrália, mais de 95% dos lares com crianças menores de 18 anos possuem um videogame ou um PC. A questão é conhecer os (poucos) perigos e os (diversos) benefícios dos jogos.
“Nossa pesquisa fornece uma oportunidade de usar videogames como uma forma de capacitar os jovens para gerir a sua própria saúde mental e seu bem-estar, além de, potencialmente, utilizar o videogame como forma de contornar a ansiedade e atribulações psicológicas”.
Os pesquisadores finalizam o artigo comentando questões fundamentais que permanecem para pesquisas futuras. Entre elas, estão a identificação do que constitui uma quantidade saudável ou moderada de jogo – para pessoas em diferentes fases de suas vidas – e a melhor forma de alavancar os benefícios para o bem-estar das pessoas com videogames em um ambiente terapêutico.

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