As autoridades palestinas tomaram uma decisão polêmica esta semana. Uma regra, imposta pelo ministro das Comunicações do país, ordena que os dez maiores provedores de Internet da região impeçam o acesso aos sites pornográficos. O Hamas * , que passou a governar a região da Faixa de Gaza em 2007, afirmou que a determinação é fundamental para proteger a sociedade palestina.
A partir de agora, qualquer um dos 1,7 milhão de internautas do território, que tentar visitar uma página com conteúdo de sexo explícito, receberá uma mensagem dizendo que o site está bloqueado “por violar a etiqueta” do país. O provedor que não cumprir a nova lei ficará sujeito a uma punição com multa. Um jornal pró-Hamas noticiou que a medida foi bem estudada até ser colocada em prática.
“Entendemos que os sites pornográficos estavam recebendo muitas visualizações na sociedade palestina nos últimos dois anos, e que ultrapassaram sites de notícias e sociais, além dos oficiais, como a agência de notícias WAFA. Este é um indicador bem perigoso e que mostra que há a necessidade da criação de um plano ativo para proteger a sociedade”, comentou o colunista Issam Shawar em artigo publicado no diário Felesteen.
Alguns críticos, no entanto, são totalmente contra esta medida e acreditam que ela é só um primeiro passo para uma possível censura à web na região. Afinal, o Hamas já tem em seu histórico diversos tipos de restrições à população palestina, e controlar o acesso dela à Internet parece ser um caminho natural.
* Criado em 1987, o Hamas é um dos principais braços políticos da região árabe, sendo composto por um partido, uma organização armada e uma entidade filantrópica. Maior movimento fundamentalista islâmico palestino, ele é considerado “terrorista” por muitos países e tem como presidente Ismail Haniya, primeiro-ministro palestino.
By: Tech Tudo
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